A Decisão
A Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira
Jonathas Augusto de Souza
“No meio do caminho tinha uma pedra,
Tinha uma pedra no meio do caminho...”
E do outro lado,
Tinha um bicho,
Comendo lixo.
“O bicho, meu Deus!, era um Homem”.
Voltei para pedra no meio do caminho...
Junto com a pedra tinham galhos com espinhos.
Pensei... Cadê as rosas?
Acho que o bicho, já tinha comido.
Como o real é dolorido.
Real dinheiro, real verdadeiro,
Essa terra é de estrangeiro,
E nós, o povo, somos os bichos trigueiros,
Prontos para o matadouro e o açougueiro.
O que diria hoje Manuel Bandeira,
Ao encontra-se com Drummond?
As pedras sempre estão no caminho,
E poucos olham do outro lado.
Dão as costas para moralidade,
Não encaram a dura realidade,
Pessoas morrem de fome
Simplesmente por crueldade.
Após pensar nessa barbaridade,
Me senti triste e sozinho.
Voltei para pedra no meio do caminho...
Pulei a pedra, as rosas e os espinhos,
Fui até o bicho homem comendo lixo
E dei-lhe comida, micha sem micho.
Ele ficou contente e saiu do lixo,
E eu não mais o olhei como um bicho.
O olhei como um homem sofredor
E por algum instante senti sua dor.
Temos que nos auto-avaliar,
Algumas críticas aceitar.
Homem comendo lixo, não vou mais deixar,
A decisão certa devo tomar,
Nos dias de hoje temos que ajudar.
Procurei um amigo, um vizinho e
Voltei para pedra no meio do caminho...
Ah! Drummond. Ah! Bandeira.
Por que nesse mundo
Tanta besteira?
Precisamos mudar nossa maneira:
Maneira de agir,
Maneira de pensar,
Para um novo Brasil criar.
LEIA MAIS
O Labirinto de Fauno (2006)
O Labirinto de Fauno nos remete ao ano de 1944, e conta a apaixonante viagem de Ofélia, uma garota de 13 anos que, junto com sua mãe, Carmen.
Uma História maravilhosa entre contos de fada e a realidade dura da guerra. Vencedor de 3 Oscar.
Diversão garantida.
A Decisão
A Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira
Jonathas Augusto de Souza
“No meio do caminho tinha uma pedra,
Tinha uma pedra no meio do caminho...”
E do outro lado,
Tinha um bicho,
Comendo lixo.
“O bicho, meu Deus!, era um Homem”.
Voltei para pedra no meio do caminho...
Junto com a pedra tinham galhos com espinhos.
Pensei... Cadê as rosas?
Acho que o bicho, já tinha comido.
Como o real é dolorido.
Real dinheiro, real verdadeiro,
Essa terra é de estrangeiro,
E nós, o povo, somos os bichos trigueiros,
Prontos para o matadouro e o açougueiro.
O que diria hoje Manuel Bandeira,
Ao encontra-se com Drummond?
As pedras sempre estão no caminho,
E poucos olham do outro lado.
Dão as costas para moralidade,
Não encaram a dura realidade,
Pessoas morrem de fome
Simplesmente por crueldade.
Após pensar nessa barbaridade,
Me senti triste e sozinho.
Voltei para pedra no meio do caminho...
Pulei a pedra, as rosas e os espinhos,
Fui até o bicho homem comendo lixo
E dei-lhe comida, micha sem micho.
Ele ficou contente e saiu do lixo,
E eu não mais o olhei como um bicho.
O olhei como um homem sofredor
E por algum instante senti sua dor.
Temos que nos auto-avaliar,
Algumas críticas aceitar.
Homem comendo lixo, não vou mais deixar,
A decisão certa devo tomar,
Nos dias de hoje temos que ajudar.
Procurei um amigo, um vizinho e
Voltei para pedra no meio do caminho...
Ah! Drummond. Ah! Bandeira.
Por que nesse mundo
Tanta besteira?
Precisamos mudar nossa maneira:
Maneira de agir,
Maneira de pensar,
Para um novo Brasil criar.
LEIA MAIS