POESIA DE UM POETA AMARGURADO
OU POEMA INSÍPIDO
E a vida não é um mar de rosas
Minha rosa despetála-se,
Minha rosa é vermelha da cor do sangue fétido
Que provoca inspiração sarcástica de um poema insípido.
A flor apodrece, seu caule não tem base
São como as raízes que arranquei do peito e joguei-as para trás.
Deixei tudo esquecido no tempo...
O presente se faz presente em meu sentimento
O futuro será meu tormento, meu lamento.
Cerro os punhos, cerro os dentes, cerro a alma...
Caminhando pelo mundo, enfrentando valentes.
Fixo residência na luz, dialogo com dementes.
Visto-me mal, cheiro mal.
O que os outros têm a ver com isso?
Calem-se bromélias...
A vida também é sofrimento.
Em tardes ensolaradas
Nevôo-me ensimesmado,
Sofrido e calado, escrevo...
Poesias de um poeta amargurado,
Encorajado a escrever o mau grado
Propício das trevas e sentido no peito fechado da dor,
Que um dia fez poemas de amor.
Jonathas Augusto de Souza
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